16 de dezembro de 2010

O apanhador de estrelas


Apanhador de estrelas:

Quanta gente vive com medo de se empolgar, de se deixar levar.
"Quanto mais alto maior o tombo, quanto maior o tombo maior a dor".
É o que dizem todos esses,
tão certos de que a qualquer hora alguma coisa irá lhes derrubar.
Eu não. Penso diferente.
Quanto mais alto conseguir chegar, mais perto do céu estou.
Tão perto que até tenho vontade de voar.
E já estive tão alto, acredite, que me senti maior que o mundo.
Até que tive aquela vontade de me jogar.
Mas claro, minhas asas foram fracas e despenquei até beijar o chão.
Ah... mas que gostoso foi a cair!
Sentir a adrenalina e a vertigem que disparam o coração!
Quando finalmente cheguei ao chão
Só o que senti foi aquela sensação de não saber o que fazer.
De novo me senti pequeno e engolido pelo mundo
Mas como num sussurro uma ideia tomou conta de mim:
Em meio a tanta estrela,
Porque não agarrei uma e a roubei do céu?
Acho que no infinito do universo uma só não faria falta.
Mas prometo a mim mesmo
Que ainda hei de encher um saco delas!
Cada estrela uma memória,
E vou provar à humanidade
Que mesmo com tanta ascensão voo e queda
Continuo caminhando
Esperando ansiosamente pela próxima vez que apanharei uma nova estrela amarela...

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